quarta-feira, fevereiro 28, 2007

Fantasporto - Destaque Dia 6

Selecção Oficial Un Certain Regard, Festival de Cannes 2006, passa Re-Cycle, vindo dos irmãos Pang, criadores de The Eye de 2002, horror num registo bem diferente do usado no cinema europeu ou americano. Depois de escrever alguns capítulos, uma escritora tem de parar. Estranhos acontecimentos começam a suceder-se, como se as páginas que rejeitou, ganhassem vida. Um dos mais surpreendentes e originais filmes fantásticos do ano. Passa no grande auditório do Rivoli, pelas 23h15Min., legendado em inglês. Podem ler a crítica a Re-Cycle AQUI.

Umas horas antes, pelas 21h15min, passa o multipremiado Requiem (grande auditório do Rivoli) que lança um olhar sobre a vida de uma jovem dividida entre a família e a fé. O filme é inspirado numa história real. Prémio FIPRESCI do Festival de Cinema de Berlim 2006, Melhor Filme Sitges 2006. Ganhou ainda os prémios principais do ano do Cinema Alemão, nomeadamente, Melhor Filme, Actriz Principal (Sandra Huller) e Actriz Secundária (Imogen Kogge).

Á mesma hora de Re-Cycle, passa no pequeno auditório do Rivoli, o fecho da trilogia das cores de Krzysztof Kieslowski, Trois Couleurs: Rouge, nomeado para os Oscares de Melhor Realização, Argumento Adaptado e Fotografia. Terceira parte da trilogia e fim da carreira de Kieslowky que morre pouco depois. Encontro de personagens em busca de um sentido para a sua vida. Valentine (Iréne Jacob) é uma jovem modelo a viver em Geneva. O juiz é um voyeurista que se compraz em vigiar a vizinhança...

Sérgio Lopes

terça-feira, fevereiro 27, 2007

Fantasporto - Destaque Dia 5

The Promise. Presente no Festival de Berlim 2006 este é o regresso do realizador de Farewell, My Concubine, que foi Palma de Ouro do Festival de Cannes em 1993. Uma jovem quebra uma promessa feita num campo de batalha ao filho de um general. Quando lhe aparece a deusa Manshen, ela vai aceitar perder trocar o amor. Ao que parece este épico Wuxia, foi muito mal recebido quer por parte da crítica, quer pelo público. É uma excelente oportunidade para o visualizarmos em cinema e tirarmos as nossas conclusões. Passa no grande auditório do Rivoli, pelas 21h15min. legendado em português.

Pelas 17 horas, temos uma outra proposta asiática, vinda da coreia do Sul, To Sir With Love, um filme de terror que foca as repercussões que uma professora primária tem nos seus alunos e que anos mais tarde, reformada e presa a uma cadeira de rodas, sofrerá uma terrivel vingança... Para quem quiser continuar a ver a trilogia das cores de Krzysztof Kieslowski, será projectada a segunda parte, Trois Couleurs: Blanc, Urso de Prata do Festival de Cinema de Berlim, para a Melhor Realização. Carol um cabeleireiro polaco imigrado acaba de ser abandonado pela mulher que o acusa de impotência como razão para o divórcio. Só lhe resta regressar à sua terra natal para tentar recuperar a sua dignidade ofendida. Passa no pequeno auditório do Rivoli, pelas 21h15min.
Sérgio Lopes

segunda-feira, fevereiro 26, 2007

Fantasporto - Destaque Dia 4

Os destaques do dia vão para duas obras clássicas, fora da competição oficial. Trata-se daquela que é considerada a obra-prima de Andrey Tarkovsky, a par de Stalker, sobre a vida do maior pintor russo de ícones, que viveu no séc. XV. O filme começou a ser rodado em 1966, sob o título de The Passion According to Andrey. Demorou três anos a produzir e foi estreado na União Soviética apenas em 1971, numa versão censurada, com o título Andrey Rublev. Em 1969 o filme foi autorizado a participar no Festival de Cannes onde ganhou o prémio FIPRESCI. A fama internacional de Andrey Tarkovsky como autor, estava consagrada, mas os seus problemas domésticos não cessaram. No seu filme Tarkovsky revive o turbulento período histórico do séc. XV com as suas lutas internas, as invasões dos tártaras. è uma oportunidade única de o visionar num grande écrân. Passa no pequeno auditório do RIVOLI, pelas 23h15min. legendado em inglês.
Duas horas antes inicia-se a trilogia das cores de Krzysztof Kieslowski , Trois Couleurs: Blanc, Urso de Prata do Festival de Cinema de Berlim, para a Melhor Realização. Carol um cabeleireiro polaco imigrado acaba de ser abandonado pela mulher que o acusa de impotência como razão para o divórcio. Só lhe resta regressar à sua terra natal para tentar recuperar a sua dignidade ofendida. Passa no pequeno auditório do RIVOLI, pelas 21h15min. legendado em português.
Sérgio Lopes

domingo, fevereiro 25, 2007

The Banquet (Ye Yan)

China, 2006, 131Min.

Página Oficial
- Trailer - Fotos


Sinopse: Uma adaptação muito livre de Hamlet de Shakespeare, The Banquet centra-se num império em caos. O Imperador, a Imperatriz, o príncipe legítimo, o ministro e o general, todos eles têm os seus próprios inimigos. Tentarão livrar-se de cada um deles num gigantesco banquete organizado pelo imperador...

Crítica: Ang Lee com Crouching Tiger Hidden Dragon e Zhang Yimou com Hero, fizeram a proeza de transformar o género Wuxia num produto apetecível aos olhos do público ocidental. Mas ao contrário de Lee e Yimou, outros realizadores asiáticos não aproveitaram o sucesso granjeado. Foi o caso de, por exemplo, Chen Caige (Farewell My Concubine) que com The Promise foi espezinhado pela crítica. Curiosamente, Feng Xiaogang, um dos cineastas chineses mais mainstream, tenta se desligar desse epíteto e cria com The Banquet um épico wuxia contrário aos filmes de Zhang Yimou: Teatral, lento, dramático, mas em última estância desapontante.

Descrito como uma adaptação livre de Hamlet de Shakespeare (com algumas referências a outra obra do escritor - Macbeth), The Banquet trata-se de um conto de vingança, que ocorre no seio da famíla real, em plena China, no século X. A história baseia-se na chegada de um novo imperador ao trono (Ge You) que matara o antigo imperador (seu irmão) para ocupar o seu cargo. A imperatriz, agora viúva, interpretada pela estrela internacional Ziyi Zhang, aceita casar com o novo imperador para se proteger. No entanto, com a chegada do príncipe, legítimo hedeiro ao trono e que estivera fora por 3 anos, ela começa secretamente a planear a morte do Imperador. Tudo está planeado para ocorrer durante o gigantesco banquete organizado pelo Imperador. No entanto, cada um tem as suas motivações e ambições, na sede pela conquista do poder...

Com mais de duas horas de duração e um orçamento brutal de mais de 18 milhões de dólares, é infeliz constatar que The Banquet é uma desilusão. Nem a inclusão da super-estrela Ziyi Zhang, para cativar a audiência ocidental ajuda, poie a ela propria também não lhe acenta muito bem o papel da jovem imperatriz, apesar do esforço e trabalho dispendido. Falta-lhe mais qualquer coisa, talvez um pouco mais de presença. Daniel Wu, a jovem estrela de Hong-Kong parece também mal escolhido para interpretar o príncipe Wu Lan, faltando-lhe nitidamente carisma. Já o Chinês You Ge cria um Imperador ambicioso e credível.

O problema principal de The Banquet é o excesso de duração de cada cena, onde nada de significativo se passa, com um ritmo narrativo demasiado lento, teatral e previsivel. Convenhamos que esta história trágica não é nova e a sua previsiblidade não abona muito em cativar o espectador. O principal interesse do filme ocorre durante o banquete organizado pelo imperador, mas até lá já decorreu mais de hora e meia de filme (para quem não adormeceu entretanto).

Há que referir, no entanto, os magníficos cenários e o guarda-roupa de época bastante cuidado, a fotografia em tons negros e vermelhos que acentuam a tragédia e uma música bem elaborada a condizer. Apesar de ser um épico Wuxia, tem poucas cenas de luta, pois o realizador priveligia a parte dramática. No entanto, as cenas de luta apesar de um pouco descontextualizadas, pois parecem não ter nada ver com o tom teatral geral do filme, estão bem coreografadas, embora não sejam nada de especial.

The Banquet não é um mau filme. Trata-se de um épico em larga escala, estéticamente muito belo, dramático e cheio de intrigas. Sofre, no entanto, da sobreposição dos valores de produção sobre os próprios protagonistas, narrativa e argumento. No campo completamente oposto a Hero ou Crouching Tiger Hidden Dragon, agradará sobretudo aos amantes de dramas de época, com uma atmosfera trágica reinante.

Sérgio Lopes

Fantasporto - Destaque dia 3

Macau. O fim do Império Português. Dias antes da passagem do território para a China. Nesses dias conturbados, Shing, um polícia boémio e corrupto, vive o Verão mais quente da sua vida. Suspenso por suspeita de tráfico, esbarra com o seu passado: uma antiga namorada, atormenta-lhe a memória com remorsos. E num bar conhece uma jovem prostituta (Isabella Leung) que lhe estraga os planos de uma noite animada...

Isabella
, o filme de Ho Cheung Pang é uma produção de Hong Kong, na qual o tema “Ó Gente da Minha Terra”, cantado por Mariza atingiu sucesso muito considerável num cruzamento radical de culturas. Em Berlim, o filme foi inclusive agraciado com um Urso de Prata para Melhor Banda Sonora, com o tema da fadista portuguesa. Isabella consagra o realizador de Hong-Kong como um dos mais versáteis e inventivos realizadores do momento e poderá ser visto pelas 21h30min, legendado em inglês.

Sérgio Lopes

sábado, fevereiro 24, 2007

Fantasporto 2007

Começou oficialmente ontem, aquele que é por ventura o mais importante festival de cinema português e um dos mais conceituados da Europa, o Fantasporto 2007. A 27ª edição do Festival Internacional de Cinema do Porto decorre entre os dias 19 de Fevereiro e 4 de Março de 2007, nas duas salas do Rivoli - Teatro Municipal, embora até ontem fossem projectadas apenas retrospectivas, com a sessão de abertura da competição oficial a pertencer ao aclamado 'El Labirinto del Fauno' de Guillermo Del Toro, candidato aos óscares de Hollywood, terminando a 03 de Março com o não menos aguardado 'The Fountain' de Darren Aranovski (Requiem For a Dream, Pi).

O cinema asiático continua a ser uma das grandes apostas do Fantasporto. Ano após ano o Festival Internacional de Cinema do Porto divulga o melhor cinema que se faz no Extremo Oriente, na secção Orient Express. A Secção Orient Express serviu para Portugal conhecer o cinema asiático e, já são muitas as distribuidoras portuguesas que apostam nestes filmes. Este ano, não vai ser excepção: na selecção está, por exemplo, o maior sucesso de bilheteira dos últimos anos deste cinema: The Host, mas também Time de Kim ki-duk, Paprika de Satoshi Kon, entre outros. Eis a lista de filmes em competição na secção Orient Express:

ISABELLA de Ho Cheung Pang (Hong Kong - Chi)
LOVE PHOBIA de Kang Ji-Eun (Cor Sul)
PAPRIKA de Satoshi Kon (Jap)
RE-CYCLE de Danny & Oxide Pang (Tai - Hong Kong - Chi)
THE HOST de Bong Joon-Ho (Cor Sul)
THE PROMISE de Chen Kaige (Chi - HK - Jap - Cor Sul)
TIME de Kim Ki-Duk (Cor Sul)
TO SIR WITH, LOVE de Lim Dae-woong (Cor Sul)
WICKED FLOWERS de Torico (Jap)

O cineasia vai tentar actualizar diariamente o 27º Fantasporto, publicando os destaques do dia e noticias que sejam importantes registar.

Destaque - Dia 2

O grande destaque do dia vai para a projecção de The Host do coreano Bong Joon-Ho. Passa no grande auditório do Rivoli pelas 23h15min. legendado em inglês. Uma criatura mutante emerge do Rio Han para provocar o pânico e o caos em Seoul... The Host foi seleccionado para a Quinzena dos Realizadores do Festival de Cannes 2006 e logo se tornou num dos filmes mais falados e um enorme êxito de bilheteira do novo cinema coreano. Trata-se de um filme de montros como nunca antes se fez, que mistura horror e humor de forma desconcertante, suportado num drama familiar. A crítica a The Host pode ser lida AQUI.

Outro grande destaque do dia é o novo filme de Kim ki-Duk uma habitual presença no Fantas, criador de The Isle, Samaritan Girl, ou 3-Iron, entre outros, que estreia entre nós Time.
Um jovem casal está profundamente apaixonado. Mas ela sabe que este amor não durará muito. Desiludida com o relacionamento cada vez mais frio, então resolve fazer uma operação plástica ao seu rosto sem conhecimento do namorado para tentar esquentar a relação...Com Time, Kim Ki-Duk filma o desejo de superar a passagem do tempo. Mais um filme memorável vindo do mestre coreano a que ninguém fica indiferente. Passa no grande auditório do Rivoli pelas 21h15min. legendado em inglês. A crítica a Time pode ser lida AQUI.

Para quem ainda tiver tempo de visionar um terceiro filme hoje, não deve perder Renaissance,
prémio Melhor Longa-Metragem do Festival Internacional de Cinema da Animação de Annecy 2006. A cidade de Paris em 2054 é um labirinto onde todos os movimentos são monitorizados e gravados. Avalon é uma companhia que vende sonhos, desejos, juventude e beleza... Estetizante, este é um filme de acção melancólico que dá nova vida ao thriller animado, realizado pelo francês Christian Volckman, passa pelas 15 horas, legendado em português.

Sérgio Lopes

sexta-feira, fevereiro 23, 2007

Ryû Ga Gotoku: Gekijô-Ban, de Takashi Miike

Como é apanágio, Takashi Miike, anda sempre ocupado com vários filmes por ano, de diversos géneros. Para Março de 2007 está prevista a estreia de mais um intitulado RYÛ GA GOTOKU: GEKIJÔ-BAN, baseado no popular videojogo da consola Playstation 2, Yakusa (Ryû Ga Gotoku).

Ao que parece o filme adoptará os mesmos cenários e personagens do videojogo embora a história venha a divergir um pouco. Miike contará com alguns dos actores habituais nas suas películas, tais como, Kishitani Goro, Aikawa Sho e Endo Kenichi, entre outros. O site oficial já está on-line. O cineasia providencia o download dos dois teaser trailers disponiveis.

Teaser Trailer 1

Teaser Trailer 2

Sérgio Lopes

quarta-feira, fevereiro 21, 2007

Remake de 'Ballon Rouge'

O novo filme do conceituado realizador Hou Hsiao-Hsien (Three Times) intitula-se Ballon Rouge e trata-se do remake do clássico francês Le Ballon Rouge de 1956. Ao que parece o cineasta está a tentar terminá-lo a tempo de ser considerado para projecção no festival de Cannes deste ano.

O filme falado integralmente em francês conta com Juliette Binoche como protagonista, personificando uma mãe stressada, cujo filho de 7 anos parece ter encontrado um novo amigo num balão vermelho que o segue para toda a parte.... O trailer de Ballon Rouge pode ser acedido AQUI.

Sérgio Lopes

segunda-feira, fevereiro 19, 2007

"O casamento de Tuya", Urso de Ouro em Berlim

"O casamento de Tuya" ("Tu ya de hun shi") do chinês Wang Quan'an angariou o Urso de Ouro do 57.º Festival de Berlim. Apesar de não estar no rol dos favoritos para o galardão principal, o filme destronou outros ilustres, entre os quais "The good shepherd", o novo filme de Robert De Niro, sobre as origens da CIA, com um elenco de grandes estrelas. "O casamento de Tuya" narra a separação de um casal e das suas duras circunstâncias de mongóis no interior da China. A história está centrada na jovem camponesa Tuya, que vive na estepe e tem dois filhos de um marido deficiente. Um acidente no campo vai incapacitá-la, obrigando o casal a separar-se para que Tuya possa procurar outro homem que garanta o sustento de toda a família.

Destaque também para o drama israelita "Beaufort", de Joseph Cedar, retrato da última unidade militar israelita a retirar do Líbano, em 2000, e dos receios dos soldados, que venceu o Urso de Prata para a melhor realização. Nunca é demais também frisar o desapontamento dos críticos alemães que consideraram o nível dos filmes projectados bastante desapontante. Para o ano há mais...

Sérgio Lopes

sábado, fevereiro 17, 2007

Double Vision (Shuang Tong)

Taiwan/Hong-Kong, 2002, 113Min.

Página Oficial - Trailer - Fotos


Sinopse: Um agente do FBI forma dupla com um polícia problemático de Taiwan na caça a um serial killer que coloca um misterioso fungo nos cérebros das suas víctimas...

Crítica: Após o surgimento de Se7en - Sete Pecados Mortais, o género thriller ganhou um novo fôlego e embora tenham surgido inúmeros projectos na sua sombra, nenhum outro atingiu o brilhantismo e originalidade do filme de David Fincher. Double Vision, de Kuo-Fu Chen, não foge à regra e explora uma série de ideias experimentadas anteriormente, colocando-as em Taiwan contemporâneo e jogando com o choque de culturas entre um agente do FBI e um polícia local. Double Vision refere-se literalmente ao facto de o assassino possuir duas puplas num dos olhos, através das quais selecciona as suas vítimas...

Huang Huo-Tu (Tony Leung) é um detetctive cansado e frustrado, perseguido pelos seus demónios, vivendo em conflito com os colegas e com uma vida pessoal complicada com uma filha traumatizada e uma esposa distante, mas que subitamente se vê envolvido na caça a um serial killer que coloca um estranho fungo no cérebro das suas vítimas. Dada a dificuldade em resolver o caso, Huo-Tu contará com a ajuda do agente do FBI Kevin Richter (David Morse) para que juntos consigam desvendar o mistério que paira sobre a identidade e motivos do assassino.

Embora a narrativa de Double Vision seja linear, é interrompida a espaços, por flashbacks, projecções, ou cenários que tentem explicar a razão que motiva o serial killer. Várias são as pistas e teorias levantadas pelo cineasta asiático que vão desde motivos sobrenaturais até ao Taoísmo. A questão é que este emaranhado de suposições são suportadas um argumento débil que explora o filão já mais que visto da dupla de polícias que lida com conflitos culturais e tenta juntar esforços para desvendar o mistério.

Ainda que Tony Leung e David Morse se esforcem, tenham performances fortes e haja uma boa química entre eles, o filme sofre sobretudo de um ritmo demasiado lento e embora o climax final não desaponte, deixa muitas pontas soltas. Double Vision parece estar na maior parte do tempo em modo telefilme, assemelhando-se a uma espécie de episódio mais longo de X-Files - Ficheiros Secretos. Apesar de ter os seus méritos Double Vision mistura elementos já vistos anterormente entre o thriller psicológico e o horror, criando um resultado desigual, no qual o final não consegue juntar todos esses elementos. É um produto de entretenimento razoável, mas nada mais do que isso.

Sérgio Lopes

quinta-feira, fevereiro 15, 2007

Estreia da semana - Letters From Iwo Jima

A grande estreia desta semana em Portugal é o filme de Clint Eastwood Letters From Iwo Jima, complemento do filme Flags Of Our Fathers, também em exibição nos cinemas nacionais e que percorre a mesma temática mas vista sob o prisma dos soldados americanos.O filme conta a história da batalha de Iwo Jima, travada entre soldados do Império japonês e do exército norte-americano durante a Segunda Guerra Mundial. A narrativa é desenvolvida por meio do ponto de vista dos soldados japoneses que participaram do conflito.

Falado interiramente em Japonês e contando com um elenco exclusivamente nipónico, o filme de Eastwood é um dos favoritos aos óscares e prova mais uma vez não só a força asiática actualmente
na sétima arte, bem como, a excelência de um autor, Clint Eastwood. O trailer de Letters of Iwo Jima pode ser acedido AQUI.
Sérgio Lopes

terça-feira, fevereiro 13, 2007

Futago

Hong-Kong, 2005, 90Min.

Página Oficial - Trailer - Fotos

Sinopse: Hospedados na residencial de Hong-Kong do casal Chong, outrora ligado à mafia, estão pessoas como Suzie uma prostituta com um filho, Tony, envolvido em negócos obscuros, ou Kong Jai, entre outros. Um certo dia, uma mulher japonesa de nome Mio visita a residencial à procura da sua irmã gémea Asa com a qual perdera contacto. Ao verem Mio, a imagem idêntica de Asa, os residentes ficam mais horrorizados que surpresos...

Crítica: Mais uma incursão no domínio do terror, desta feita, através de Futago, uma história de fantasmas de carácter low budget, vinda de Hong-Kong, país até com poucas tradições nesta matéria. Realizado pelo estreante Fung Yuen-Man, a trama de Futago (também por vezes denominado de 'Twin') gira em torno de duas irmãs gémeas, Asa e Mio, ambas interpretadas pela mesma actriz, Hisako Shirata, que até se safa bem no seu papel duplo.

Mio desaparece depois de ter estado hospedada na residencial Chong, quando veio a Hong-Kong com o sonho de ser uma popstar. Mais tarde, com a chegada de Asa, que é irmã gémea idêntica de Mio, começam as ocorrências bizarras... Primeiro porque todos os hóspedes ficam simplemente horrorizados com a sua chegada (o que leva a pressupor que algo se terá passado com Mio) e depois porque Asa move-se e caminha como o estereótipo da rapariga de longos cabelos negros (à The Ring), vai-se lá saber porquê. E Então começam os homicidio em catadupa com pessoas a morrer e a desaperecer rapidamente.

Nesta fase o realizador consegue manter alguma chama narrativa, fruto da incerteza dos acontecimentos, recorrendo a uma fotografia cuidada e ambientes sinistros que permitem a construção de um ambiente de tensão permanente. Infelizmente, o final ridículo, onde é desvendado o mistério que recai sobre as duas irmãs deita tudo a perder, como já vai sendo hábito em películas de terror asiáticas (pelo menos na sua maioria). Será também importante mencionar o nivel muito baixo dos restantes actores que integram Futago, meros elementos figurativos na história.

Futago até é bem filmado a espaços e com algum rigor narrativo, mas perde-se completamente devido a uma argumento débil, interpretações mediocres e principalmente uma falta de originalidade gritante. Para aqueles que foram levados a crer que Futago tinha semelhanças com 'A Tale Of Two Sisters', por favor desenganem-se. É um insulto comparar Futago à obra prima de Kim Jee-Woon. Futago é uma boa tentativa mas não convence sendo perfeitamente dispensável.

Sérgio Lopes

segunda-feira, fevereiro 12, 2007

Trailer de 'The Haunted Drum'

Estreia brevemente na Tailândia a película de terror 'The Haunted Drum'. Tal como o título o sugere, a trama revolve em torno de uma maldição que recai sobre um tambor. A sinopse é a seguinte:

'No ano de 1821 o rei Badin e o prefessor Sau fabricaram um tambor tradicional em honra e representação da tribo Mohn. Uns anos mais tarde o filho do rei morre em estranhas crcunstâmcias como tambor muito por perto, o que leva a pensar numa maldição. 60 anos mais tarde , um outro professor, de seu nome herda o tambor e voltam a suceder estranhos fenónemos...'

O primeiro trailer de The Haunted Drum já se encontra disponivel e pode ser visualizado AQUI.

Sérgio Lopes

sábado, fevereiro 10, 2007

Flavour Of Green Tea Over Rice (Ochazuke no aji)

Japão, 1952, 115Min.

Página Oficial - Trailer - Fotos


Sinopse: Numa Tóquio em pleno desenvolvimento pós-guerra, Taeko Satake é uma requintada dona de casa de classe alta que vive o seu dia-a-dia a fazer compras e encontrar-se com as amigas, vivendo um relacionamento formal com o seu marido Mokichi, fruto de um casamento de arranjado.

Crítica: No início da década de 40, Yasujiro Ozu acabava de regressar ao Japão após servir como soldado em plena Guerra Sino-Japonesa. FLAVOR OF GREEN TEA OVER RICE é o seu primeiro trabalho após esse retorno. A proximidade histórica fez com que o realizador sofresse uma série de censura por parte do governo, fazendo com que o filme fosse finalizado somente em 1952. Talvez por essas restrições, o filme pouco aborda o tema militar que mal havia sido digerido, não só pela sociedade, mas também por seus colegas realizadores. Há, no filme, apenas um rápido diálogo sobre o assunto entre Mokichi e um ex-colega de pelotão que se reencontram inesperadamente numa casa de pachinko após servirem nessa mesma guerra.

Se a ausência de referências à guerra poderia ser interpretada como um filme antibelicista, essa censura serviu também como uma aproximação cada vez maior do realizador com o tema que o faria popular no mundo inteiro: o drama familiar e o prazer de abordar o quotidiano de maneira simples, directa e terna, mas nem por isso rico em detalhes na observação de um Japão em constante mudança.

Em FLAVOR OF GREEN TEA OVER RICE, vemos um país em plena aproximação com o ocidente, tanto comercialmente quanto culturalmente. Ozu apresenta uma Tóquio em rápida modernização e os consequentes reflexos na sociedade. Os primeiros diálogos do filme mostram Taeko e sua sobrinha, Setsuko, conversando se elas devem ou não assistir ao mais recente filme do galã francês Jean Marais, enquanto elas se dirigem a uma boutique de propriedade de uma amiga.

Por outro lado, Taeko e Mokichi são um casal fruto de um antigo hábito: o casamento arranjado. Por isso, pouco carinho demonstram um ao outro. O relacionamento estagna e nem mesmo quando mentiras surgem de uma maneira escancarada, como a sequência onde Taeko inventa uma história que Setsuko está doente e teria que levá-la a um spa e assim passar uns dias por lá, altera o rumo do relacionamento. Mas Setsuko repentinamente aparece na casa dos Satake e desmente o facto. Mokichi faz-se de desentendido, aceitando passivelmente a situação, enquanto Taeko não desiste do spa e procura outra pessoa para “adoecer”.

Esse conflito entre uma mulher moderna que busca saciar seus desejos e um homem que busca simplesmente levar sua vida de maneira mais simples possível pode ser vista de uma outra óptica quando Ozu nos apresenta um país ainda enraízado em costumes duros e tradicionais que chocam com o moderno numa contradição que opõe atitudes. Podemos notar isso nitidamente quando Setsuko recebe um convite para um miai (conhecer um pretendente a marido em casamentos arranjados) e ela tenta de todas as formas fugir dessa situação, citando inclusive o exemplo do casal de tios.

Conflitos ainda que podemos notar de uma maneira simbólica presente no título do filme traduzido na forma prática de uma cena onde marido e mulher discutem o hábito de Mokichi sempre derramar chá por cima do arroz, que resulta no ochazuke (chá sobre arroz). Uma prática, segundo ela, provinciana que não estaria de acordo com a boa etiqueta das melhores famílias.

Não se pode dizer que seja um trabalho primordial na extensa carreira de Ozu, principalmente diante dos méritos de outros filmes mais consagrados como TOKYO MONOGATARI (1957) e GOOD MORNING (1959) mas não deixa de ser um importante registro onde Ozu provavelmente tenha encontrado o seu caminho como um dos cienastas mais importantes da sua geração. Uma pedra fundamental para tentar entender não só a sociedade moderna japonesa, mas o cinema actual de trabalhos de realizadores como Katsuhito Ishii ou Toshiaki Toyoda.

Ric Bakemon

sexta-feira, fevereiro 09, 2007

Ang Lee assume realização de A Little Game Without Consequence

Após o seu cancelamento em Outubro de 2006, A Little Game Without Consequence, adaptação de uma peça francesa de Gérald Sibleyras e que seria realizado por Gabriele Muccino, foi retomada, agora com Ang Lee (Brokeback Mountain) na realização. Lee e o argumentista James Schamus, que actualmente está a reescrever o argumento do filme, já trabalharam anteriormente em diversos projetos, como Hulk ou Crouching Tiger, Hidden Dragon. A história do filme trata sobre um casal perfeito que finge se separar e acaba descobrindo que os seus amigos nunca gostaram de vê-los juntos. Segundo a Variety, Little Game deverá ser prioridade para Lee assim que o cineasta finalizar Lust, Caution. Mais informações serão colocadas no cineasia assim que estiverem disponiveis.

Marcus Vinicius

quarta-feira, fevereiro 07, 2007

Paradise Now

Palestina/Alemanha/França/Holanda/Israel, 2005, 90Min.

Página Oficial - Trailer - Fotos

Sinopse: Dois jovens amigos palestinianos, Khaled e Saïd, são recrutados para cometerem um atentado suicida em Telavive. Após a última noite com as famílias, sem se poderem despedir, são levados à fronteira com as bombas atadas à volta do corpo. No entanto, a operação não corre como esperado e eles perdem-se um do outro. Separados, são confrontados com o seu destino e as suas próprias convicções... O filme realizado em Nablus traz-nos uma visão interior das vidas normais de pessoas em condições desesperadas.

Crítica: Num período em que o conflito entre Israel e a Palestina gera notícias constantes em grande parte dos telejornais, devido aos cenários de tensão quase diária, as abordagens cinematográficas centradas nesta temática começam também a evidenciar-se. Foi o caso do interessante "Syriana", de Stephen Gaghan, ou do soberbo "Munique", de Steven Spielberg, e é também o de "O Paraíso, Agora!" (Paradise Now), que ao contrário dos anteriores não nasce em Hollywood mas da iniciativa do palestiniano Hany Abu-Assad.

Alvo de consideráveis distinções a nível internacional - Globo de Ouro de Melhor Filme Estrangeiro, nomeado para os Óscares na mesma categoria e premiado no Festival de Berlim, entre outros -, o filme poderia ser um dos que se torna foco de atenção mais pela relevância da temática e boas intenções da sua "mensagem" do que pela abordagem que propõe e méritos cinematográficos, mas felizmente Abu-Assad oferece aqui uma prova de sensibilidade e inteligência, suscitando a reflexão sem se tornar estridente, maniqueísta ou oportunista.

Alicerçado na recruta de dois jovens amigos palestinianos para a realização de um atentado suicida em Telavive, "O Paraíso, Agora!" mergulha nas inquietações que levam a que cidadãos comuns se transformem em terroristas, evitando o sensacionalismo de algum jornalismo e surpreendendo pela contenção com que trabalha questões tão controversas.

Aqui as personagens não são meros instrumentos que se limitam a debitar posicionamentos políticos e morais (embora estes sejam discutidos), antes figuras complexas e credíveis que o filme explora com genuína densidade emocional, nunca abdicando da dimensão humana. A direcção de actores é, por isso, decisiva, e se todos são verosímeis é obrigatório destacar Kais Nashef, brilhante na pele de Saïd, o denso e circunspecto protagonista, muito longe dos lugares-comuns a que são associados muitas vezes os agentes suicidas. Notabilizando-se com uma das mais subtis interpretações do ano, Nashef cativa pelo seguro underacting, cujo olhar desencantado traduz todas as contrariedades de um quotidiano pouco esperançoso.

Os perigos do dia-a-dia dos palestinianos foram, de resto, testemunhados pela própria equipa do filme, que durante a rodagem em Nablus lidou com alguma desconfiança de parte da população local e reflexos dos ataques dos mísseis israelitas, o que levou a que elementos da equipa alemã desistissem ao fim de poucos dias.

Pertinente e corajosa, "O Paraíso, Agora!" é uma das melhores obras a estrear em salas nacionais em 2006, despertando o espectador sem cair no pretensiosismo de um filme de tese nem apostando em rodrigunhos fáceis e moralistas. Uma das boas propostas cinematográficas a descobrir, com um olhar diferente sobre um contexto com tanto de conturbado como de actual.

Gonçalo Sá

terça-feira, fevereiro 06, 2007

Teaser Trailer de Alone



Finalmente há a confirmação do regresso da dupla de realizadores tailandeses Parkpoom Wongpoom e Banjong Pisanthanakun, responsáveis por uma das melhores propostas de terror mais recentes, 'Shutter'. Regressam, ao que tudo indica, em Março deste ano com nova película de terror, desta feita sobre gémeas siamesas, intitulada Alone. O teaser trailer pode ser visualizado acima via You Tube.

A sinopse é a seguinte: “Pim (Marsha Watanapanich) muda-se para a velha casa onde nasceu. Lá experencia aparecimentos súbitos de memórias perturbantes e a sensação de que alguém, ou algo, a move para o seu lado direito. Quando a verdade é descoberta, Pim apercebe-se que tivera uma irmã siamesa, ligada a ela pela anca..."

Mais informações serão disponibilizadas sobre 'Alone' à medida que estiverem disponiveis.

Sérgio Lopes

segunda-feira, fevereiro 05, 2007

IGAC classifica hentai para M/ 6 anos !

A Comissão de Classificação de Espectáculos do IGAC classificou dois videos de anime pornográfico como para maiores de 6 e 12 anos. Clicando na imagem acima é possivel aceder a um vídeo da reportagem na estação de televisão SIC que apresenta a notícia. No entanto e ao contrário do que esta reportagem deixa transparecer, parece que se trata de um simples caso de fraude da editora que, segundo o CM, enviou para classificação ao IGAC versões cortadas dos videos, sem qualquer conteudo pornográfico, mas depois pôs no mercado as versões integrais.

Eu pessoalmente acredito nessa versão até porque via alguns episódos de Hentai na Sic Radical e apesar de dar bastante gozo o seu visionamento, não é com certeza conteúdo animado apropriado para uma criança. Os pais, sim, esses podem ver...

Sérgio Lopes

sábado, fevereiro 03, 2007

Diary (Mon Seung)

Hong-Kong, 2006, 85Min.

Página Oficial - Trailer - Fotos

Sinopse: Após o final do relacionamento com o namorado Seth, Winnie (Charlene Choi) Entra em depressão até que um dia encontra Ray (Shawn Yue). Encorajada pela amiga Yvonne (Isabella Leong), Winnie começa a saír com Ray, cuja aparência se assemelha muito a Seth!. A relação começa bem mas passados uns meses entra em colapso e Winnie volta a entrar em depressão. Só o seu diário contém os pensamentos e memórias do seu mundo de miséria e desespero...

Crítica: Após Re-Cycle, denominado pelos irmãos Oxide e Danny Pang como a sua derradeira incursão nos domínios do terror, apresentam agora Diary, produzido por ambos, mas realizado apenas por Oxide Pang. Diary pauta-se por uma mudança de registo do duo dinâmico de Hong-Kong, responsável pelo tríptico The Eye, Bangkok Dangerous ou Abnormal Beauty, entre outros, pautando-se por um thriller psicológico que explora a solidão e depressão de Winnie, após o abandono por parte do seu namorado Seth.

Embora a premissa não seja nova, Oxide Pang, graças às suas capacidades técnicas como cineasta acaba por elevar o filme acima da mediania. Tal como em películas anteriores, volta a debruçar-se mais sobre aspectos técnicos em detrimento de um estudo mais aprofundado de personagens. Assim, consegue através da criação de uma atmosfera de incerteza e desconforto e do recurso a uma estética visual com destaque para cores verde e cinzento bastante opacas, apresentar algumas cenas com um aspecto visual bastante original, permitindo o avanço da narrativa sem recorrer aos clichés habituais dos filmes de terror.

Como thriller psicológico, o ambiente de alucinação e esquizofrenia é constante, apresentado sob o ponto de vista da personagem central Winnie e complementado pela partitura sonora adequada para o efeito. Winnie é interpretada pela pop star Charlene Choi que brilha e surpreende como uma mulher que sofre pela perda do namorado, prisioneira entre o que é real e irreal e que recorre ao seu diário para escrever as suas memórias e os seus pensamentos num mundo criado pela sua própria mente. Choi é muito bem secundada pela bela Isabella Leong e o competente Shawn Yue, formando o trio central de protagonistas.

Embora não seja um filme de terror, Diary apresenta alguns momentos intensos que se aproximam de um drama/thriller mascarado de horror psicológico. Desta vez, não há twists finais que deixam tudo em aberto (como é hábito em algumas películas de terror orientais). Oxide Pang repete algumas cenas base do filme (mais do que uma vez) e tudo bate certo após o climax final. No fundo, Diary é uma aposta na mudança de registo de Oxide Pang, mantendo os seus traços artísticos característicos e que confirma a dupla de Hong-Kong como uma das duplas mais interessantes do cinema moderno oriental. Se gostam do visual assombroso dos irmãos Pang e de filmes na linha de Secret Window com Johnny Depp ou The Machinist com Christian Bale, então não devem perder Diary.

Sérgio Lopes

sexta-feira, fevereiro 02, 2007

Novo Filme de Sion Sono - Exte.

Já está disponivel o trailer do novo filme de Sion Sono, o criador do bizarro Suicide Club. O filme chama-se Exte. - Hair Extensions e revolve em torno de uma maldição que subsiste nos cabelos das pessoas mesmo depois de mortas e que perseguem os vivos... Pela premissa, parece um pouco tonto, mas o trailer aguça o apetite e pode ser que Exte seja de novo um filme de que toda a gente fale. Podem acedê-lo AQUI ou através do site oficial.

Exte. estreia nos cinemas japoneses a 17 de Fevereiro e tem no principal papel Chiaki Kuriyama (lembram-se da sexy e letal Gogo de Kill Bill???), o que é seguramente uma mais valia para o seu visionamento.

Sérgio Lopes