3-Iron (Bin-Jip)

FERRO 3
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Sinopse: Tae-suk é um jovem que vagueia na sua mota em busca de casas vazias onde possa ficar alguns dias até que os donos regressem. Nunca rouba ou estraga nada dentro de casa. Simplesmente, guarda-a durante alguns dias, arranja objectos estragados e até lava a roupa. Um dia, escapa-se para uma casa rica e encontra o seu destino – uma mulher casada chamada Sun-hwa que sofre tormentos às mãos do seu marido. Enquanto Tae-suk se esgueira pela casa, Sun-hwa esconde-se no escuro e espreita-o silenciosamente. Nessa noite, Tae-suk acorda petrificado quando descobre Sun-hwa a olhar para ele. Vai-se embora. Mas, mesmo depois de partir, Tae-suk não consegue deixar de pensar nos olhos tristes e suplicantes de Sun-hwa. Quanto mais tenta esquecê-la, mais vívida se torna a imagem de Sun-hwa...
Crítica: Kim Ki-duk é actualmente um dos nomes incontornáveis do novo cinema asiático, conseguindo à semelhança de Wong Kar-Wai, por exemplo, criar películas onde as imagens ditam a forma como decorre a narrativa, privilegiando a estética visual em detrimento dos diálogos. Cabe pois ao espectador tirar as suas conclusões e determinar o sentido metafórico que essas imagens representam.
Nesse sentido, é difícil classificar “Ferro 3”: è um filme sobre um amor platónico? Trata-se de uma abordagem espiritual à relação entre dois seres? O que é real e o que é sonho no filme? Todas estas questões surgem quando visionamos “Ferro 3”. Mas a verdadeira beleza da película está na contemplação do silêncio. Com poucos diálogos, recai sobre a dupla de protagonistas, a tarefa de elevar o filme às custas da expressividade facial, aliada à realização sublime de Ki-Duk.
Crítica: Kim Ki-duk é actualmente um dos nomes incontornáveis do novo cinema asiático, conseguindo à semelhança de Wong Kar-Wai, por exemplo, criar películas onde as imagens ditam a forma como decorre a narrativa, privilegiando a estética visual em detrimento dos diálogos. Cabe pois ao espectador tirar as suas conclusões e determinar o sentido metafórico que essas imagens representam.
Nesse sentido, é difícil classificar “Ferro 3”: è um filme sobre um amor platónico? Trata-se de uma abordagem espiritual à relação entre dois seres? O que é real e o que é sonho no filme? Todas estas questões surgem quando visionamos “Ferro 3”. Mas a verdadeira beleza da película está na contemplação do silêncio. Com poucos diálogos, recai sobre a dupla de protagonistas, a tarefa de elevar o filme às custas da expressividade facial, aliada à realização sublime de Ki-Duk.

Tal como em “Spring, Summer, Fall, Winter… and Spring”, o realizador coreano apresenta um retrato de caracterização de personagens baseando-se em diversos aspectos metafóricos e simbolismos. Se em “Spring, Summer, Fall, Winter… and Spring” a água simbolizava o elemento condutor da vida e as estações do ano simbolizavam as várias etapas da vida (desde a nascença ao desfalecimento), em “Ferro 3”, destaca-se o simbolismo de um taco de golfe – exactamente o taco Ferro 3. Curiosamente, é o taco de golfe mais forte e pesado, e também o mais difícil de usar e como diz o realizador, adapta-se bem à imagem do personagem masculino do filme Tae-Suk. Será porventura uma metáfora, querendo significar uma espécie de singularidade de Tae-Suk, bem como simbolizar uma certa marginalização em relação à sociedade?
Vencedor de inúmeros prémios, destacando o prémio de realização no festival de Veneza, “Ferro 3” é um filme difícil de explicar por palavras. Só visionando-o é possível captar toda a arte cinematográfica da película e interiorizar o que Kim Ki-Duk pretende transmitir. O realizador conhece tão bem os personagens que nem necessita de recorrer aos diálogos. Kim Ki-Duk falando da personagem feminina Sun-Hwa:
“Somos todos casas vazias à espera de alguém que nos abra a porta e nos liberte. Um dia o meu sonho torna-se realidade. Um homem aparece como um fantasma e tira-me desta conformidade. E eu acompanho-o, sem dúvidas, sem reservas, até que finalmente encontro o meu destino."
É pois, arte cinematográfica pura, um festim para os sentidos, a confirmação de um talento seguro do cinema asiático. Altamente recomendável.
Sérgio Lopes
8 Comments:
Não gostei, o início até promete mas depois perdi a paciência para mais uma história pseudo-profunda de coitadinhos...
Realmente é um filme que só seá apreciado com visualização cuidada. É mesmo muito bom! Gonçalo, não são coitadinhos, o filme, tem uma interpretação completamente diferente da que tu retiraste... 1 abraço.
para mim é um melhores filmes de 2005
gostei bastante deste filme, foi uma agradável surpresa do cinema oriental.
um silencioso poema de amor...
fascinante!
muitos parabéns pelo blog. conheço poucos filmes orientais mas os que conheço gosto imenso. este espaço tem-me despertado a curiosidade para procurar ver mais. :)
continuação de bom trabalho!
www.playthatmovieagain.blogspot.com
Sunday Morning, Joana e lost in place, de facto, ainda bem que concordam: é de facto uma das surpresas de 2005.
Lost in Space: Obrigado pelos elogios. Continuem a aparecer.
1 abraço a todos e bons filmes...asiáticos, ou não. Bons filmes...
Sérgio Lopes
sim, vi :)
Obrigada =)
bom exte é mais 1 dux filmes k
mudaram a minha vida... em relaxão
ás pekenax koisas... é belu... mto
bom mesmu.
FIka e boa sorte!
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