Battle Royale

Japão, 2000, 120Min.
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Sinopse: Um grupo de estudantes do 9º ano é deixado numa ilha isolada levando apenas um mapa, alguma comida e várias armas (todas elas diferentes para cada um dos estudantes). Terão de se matar uns aos outros até ficar apenas um sobrevivente, ou serão todos dizimados. É esta a premissa do controverso Battle Royale do realizador veterano japonês Kinji Fukasaku.
Crítica: O principal problema de Battle Royale é o de parecer que estamos na presença de um grupo de adolescentes a praticar uma espécie de paintball mas… com armas reais. E qual a razão pela qual os adolescentes foram seleccionados para merecer tamanho castigo? É uma medida ultra-radical, do governo japonês, do novo milénio, à beira do colapso, na tentativa de servir de exemplo para uma juventude cada vez mais violenta e de uma sociedade cada vez mais dispersa. É, por isso, seleccionada uma turma à sorte por um antigo professor (interpretado por Takeshi Kitano). Será credível essa premissa? Mesmo eu não sendo grande conhecedor da cultura japonesa, parece-me um pouco forçado e ilógico.
Os primeiros 20 ou 30 minutos do filme são razoavelmente bem conseguidos. A partir daí é assistir à caça dos estudantes e consequente morte, que será comunicada pelo professor a uma determinada hora, diariamente. Aliás, o que se pode afirmar como um ponto positivo da película são as interpretações dos jovens actores e do conceituado realizador/actor, Takeshi Kitano.
Depois, há os clássicos clichés dos filmes do género: O psicopata sedento de sangue que escolhe sempre opositores que conseguem escapar milagrosamente; o génio de informática; o rapaz obeso; a vaidosa e popular rapariga de liceu; e o romance entre dois adolescentes “normais”; entre outros clichés.
Apesar das interpretações não comprometerem, não há, na realidade um grande estudo e desenvolvimento de personagem. A fotografia é óbvia e repetitiva e a nível de montagem, os flashbacks intermédios só servem para piorar a situação. A música também não é uma grande valia para a película.
Apesar de tudo, Battle Royale, foi um grande sucesso asiático, tendo sido altamente controverso no pais de origem e atingindo o estatuto de culto, um pouco pelo mundo inteiro, dando origem a uma sequela que aquando da estreia em sala, coincidiu com a morte do seu realizador Kinji Fukasaku.
Pessoalmente, penso que Battle Royale não traz nada de novo e apresenta inúmeras falhas de realização e buracos de argumento. Não apresenta nada a nível de inteligência, consistência e acima de tudo, beleza estética cinematográfica, tão característica do cinema asiático. No entanto, para quem quiser ver 30 maneiras diferente de matar um oponente, este filme é o indicado.
Classificação: 4/10
11 Comments:
Enganaste-te, a classificação adequada é de 8/10, ou seja, grande filme :P
Mantenho a minha opinião. Filme banal.
Abraço.
Nuno: Do Kim Ki-Duk só vi o Samaria e o spring, summer, winter... and spring e de facto é um relaizador muito interessante , um pouco, o Wong Kar-Wai do cinema coreano. Tenho de ver o Bin Jip. Cumprimentos e 1 abraço.
Bom, eu tb discordo deste... o argumento (para mim) é um dos pontos fortes... grande ideia! O filme é brutal (o que só fica bem no caso) e é uma das referências do cinema asiático.. tendo inclusive lançado vários dos seus participantes... hás-de ver o 2... tens de lhe dar nota negativa, pois então hehe ;)
Karyia desculpa mas mantenho a minha opinião e não consigo entender onde é que o argumento é um ponto positivo em Battle Royale. Seguramente não verei o dois dps do primeiro.
Cumprimentos,
Sérgio Lopes
O Battle Royale é um dos melhores filmes que eu já vi! Alguns pontos poderiam ser melhor desenvolvidos, mas não é por isso que deixa de ser um bom filme!
Agora o Battle Royale 2... ui, ui... esse é que deixa muito a desejar, tendo apenas aproveitado as boas impressões que o primeiro BT deixou (pelo menos a alguns, eheeh!).
Apesar de ter gostado mais que tu do filme, percebo o teu ponto de vista.
Mas eu vejo as coisas de outra forma: Kinji Fukusaku tinha 70 anos quando realisou o filme, alguém imagina Manoel de Oliveira ou outros realizadores geriátricos ocidentais a fazer tal feito?
Talvez o filme seja demasiado fútil na violência gratuita, mas de vez em quando sabe bem e eu diverti-me a jorros a vê-lo!
queria saber onde consegigo ver o filme quem souber ta aki meu email
nic_lindynha@hotmail.com
Dá uma passada no site da zeta filmes e leia a crítica de bernardo krivochein sobre o filme
BATTLE ROYALE 2: REQUIEM
eu penso que é interessante ter uma outra visão sobre battle royale (tem referências ao primeiro filme.
abraços
este é um dos filmes mais inteligentes em aspecto visual. os planos sao extremamente bem conseguidos, a maneira como sao compostos recreiam no espectador a brutalidade das situaçoes. a simplicidade a nivel fotografico permite uma interpretaçao crua e fria do acontecimento. o percorrer historico das personangens tem alguma falta de informaçao, mas isso n seria o sufeciente para puder classificar o argumento como banal nem uma classificaçao tao baixo como 3 em 10. eu diria 7.5/10
sugestão, tente achar uma tradução do livro Battle Royale...é excelente
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