sábado, março 11, 2006

Crying Fist (Jumeogi Unda)

Coreia do Sul, 2005, 135Min.

Página Oficial - Trailer - Fotos

Sinopse: Gang Tae-shik (CHOI Min-Sik) é um ex-lutador de boxe que atingiu algum sucesso na sua juventude. Com 40 anos de idade e vítima da recessão económica dos finais dos anos 90, não tem dinheiro nem qualificações e a sua vida familiar está se a degradar. Para ganhar algum dinheiro oferece-se às pessoas nas ruas como saco de boxe para extravasarem toda a sua fúria do dia-a-dia... Yoo Sang-hwan (RYOO Seung-Bum) é um jovem agressivo e tendencialmente violento que depressa vai parar à prisão. Na prisão junta-se à equipa de boxe para aprender a se auto-controlar e torna-lo numa pessoa melhor. Os caminhos destes dois homens irão se cruzar num combate em que acima de tudo a dignidade de uma vida e o amor-próprio estarão em jogo...

Crítica: Mais uma proposta diferente da ultra-produtiva Coreia do Sul. Desta vez estamos na presença de um drama realista onde o boxe é um elemento secundário de redenção. O filme, tal como a sinopse o descreve, acompanha em paralelo a vida de dois homens de geração diferentes, cujas vidas destroçadas por razões distintas os tornaram em pessoas à margem da sociedade, sem objectivos claros de vida. Ambos encontram no boxe a forma de recuperar a confiança e por isso no combate final entre eles estará muita coisa em jogo.

Grande parte do filme é composta pelo dia-a-dia em paralelo dos dois personagens centrais, sendo o último terço do filme preenchido com o combate de boxe, filmado de forma realista e bem coreografado. Gang Tae-shik é interpretado pela estrela de Oldboy (CHOI Min-Sik) e compõe um personagem tão negativista que dificilmente o público simpatiza com ele. No entanto, quem realmente rouba o filme a nível interpretativo é o jovem RYOO Seung-Bum. A sua interpretação para além de bastante credível é poderosa na medida em que personifica na perfeição um jovem explosivo, anti-sistema e cheio de raiva contida devido às agruras por que passou.

Trata-se de um filme bastante depressivo e negativista quase até ao fim, atingindo o clímax com o combate de boxe final onde estará em disputa muito mais que um título: É literalmente a última tentativa de ambos em darem um murrro nas suas vidas, metaforicamente falando.

É no entanto, na parte final que o filme perde algum fulgor, pois caminha para o cliché. Tem a particularidade de ser um excelente drama, mas cujas cenas de boxe não são tão apelativas quanto isso e acabam por cortar um pouco do clima reinante de forma um pouco precipitada. Fica-se com a sensação de previsibilidade no final e qualquer que fosse a escolha do realizador sobre qual dos dois venceria, soaria um pouco cliché (um pouco filmado à Rocky). Não deixa de ser um filme que mereça visualização mas certamente será muito mais apreciado pelos verdadeiros adepto da modalidade. Para os restantes é uma proposta aceitável.

Classificação: 6/10

Sérgio Lopes

1 Comments:

Blogger Sérgio Lopes said...

Ok Sofia!!! Obrigado pelos elogios. Eu tb gostei bastante do teu blog e vou acrescentá-lo aos links de blogues de cinema!

Aparece sempre.

Cumprimentos,

Sérgio Lopes

6:40 da tarde  

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