Hero (Ying Xiong)

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Sinopse: Na China antiga, antes do reinado do primeiro imperador, facções guerreiras espalhadas pelos Seis Reinos, planeiam assassinar o governador mais poderoso, Qin. Quando um oficial derrota os três maiores inimigos do governador, ele é convocado ao castelo de Qin para contar a sua incrível vitória...
Crítica: Zhang Yimou, que anteriormente só havia feito filmes de arte, com um ritmo mais lento, presenteia-nos com esse belíssimo trabalho. Mesmo que Yimou denomine de “filme comercial”, Hero mantém com extrema beleza, a arte presente nos seus filmes anteriores. Aclamado e chamado por muitos críticos de “poesia em forma de filme”, Hero faz jus a tal classificação.
Como numa verdadeira poesia, Hero encanta com um visual pictórico, colorido, e rico em detalhes. Planos que, com mestria, capturam as lutas e seus belíssimos movimentos, assim como tons melancólicos nas expressões dos actores em cenas mais dramáticas. O cineasta preza pelo visual, que abrange os mais diferentes ambientes como desertos, escolas de caligrafia, palácios e florestas.
O filme decorre na China antiga, há aproximadamente dois mil anos atrás, antes até mesmo de existir o primeiro imperador da China, que era divida em seis reinos. Qin era o maior governador dentre esses seis reinos, o que obviamente lhe rendeu alguns inimigos. Num determinado dia, ouve-se a notícia de que um guerreiro sem nome havia derrotado os três maiores inimigos do governador. Logo, o governador convida tal guerreiro para contar a sua história e como ele conseguiu derrotar os assassinos.

Como numa verdadeira poesia, Hero encanta com um visual pictórico, colorido, e rico em detalhes. Planos que, com mestria, capturam as lutas e seus belíssimos movimentos, assim como tons melancólicos nas expressões dos actores em cenas mais dramáticas. O cineasta preza pelo visual, que abrange os mais diferentes ambientes como desertos, escolas de caligrafia, palácios e florestas.

Com clara influencia em Rashômon, de Akira Kurosawa, Yimou preocupou-se em contar a história do filme sobre pontos de vista diferentes, sendo que dessa maneira a trama vai mudando o seu rumo no decorrer de sua duração. E é em cada vertente que Yimou toma a liberdade de explorar a fotografia e a direcção de arte. Cada ponto de vista é captado com uma cor predominante.
Ora tudo no cenário é branco, ora tudo é vermelho, ora tudo é verde. O que também não fica para trás são as lutas que foram magistralmente coreografadas de forma dramática, em alguns momentos são velozes e outros são mais lentas e expressivas, o que acaba por completar o tom poético do filme.

O elenco é formado pelas mais brilhantes estrelas do cinema chinês actual, contando com os sempre excelentes Tony Yeung, Donnie Yen, Maggie Cheung (que emociona com uma belíssima interpretação), a gracinha da Zhang Ziyi e Jet Li, que mostra que sua performance vai além de dar pancadas, e surpreende com uma interpretação firme e convincente. Mesmo sendo datado, Hero é um filme que vale a pena conferir, pela arte, poesia, emoção e beleza que encantam qualquer tipo de público.
Classificação: 9/10
Monsenhor
Classificação: 9/10
Monsenhor
8 Comments:
Questão/desafio sobre os filmes de Almodóvar!!!
?
Caros Cine Asia
Tudo bem? Escrevo aqui do Brasil. Descobri faz pouco tempo do Cine Asia e o tenho frequentado regurlarmente. Gostaria de convida-los a conhecer o blog que criei recentemente, chama-se Kinos. Bom, sintam-se à vontade para visitá-lo.
http://www.cinekinos.blogspot.com
É, pra quem gosta de poesias e afins, um bom filme. Pra quem gosta mais de filmes de artes marciais, uma decepção... Lutas espalhafatosas filmadas quase que completamente em câmera lenta = um ótimo remédio pra insônia. A única luta que se salva é entre Jet Li e Donnie Yen. Particularmente gostei mais de House Of Flying Daggers. Sim, é um filme muito mais comercial, mas as lutas são mais interessantes, e os atores, mais expressivos. Em Hero todos os atores passam o filme inteiro com a mesma expressão apática, menos Chen Daoming (o governador Qin), o melhor ator da obra. Enfim, achei Hero um filme superestimado. Parece que faço parte da minoria...
Takeo, meu caro, bem vindo de volta!
Já estava com saudades dos seus oportunos comentários. eh eh. Qt a Hero, eu não sou grande adepto de Swordplay, mas admito que visualmente é uma obra-prima e a nível de argumento não é a confusão que é O Segredo dos Punhais Voadores...
Julio Bezerra: Com certeza darei uma saltada no seu blogue. Obrigado pelas visitas e boa sorte no seu projecto.
Abraço.
Sérgio Lopes
"Com clara influencia em Rashômon, de Akira Kurosawa, Yimou preocupou-se em contar a história do filme sobre pontos de vista diferentes, sendo que dessa maneira a trama vai mudando o seu rumo no decorrer de sua duração."
Pelo que dizes o Kurosawa fez um filme intitulado "Rashomon". Não vi, mas acredito em ti. Mas olha que a técnica de contar a mesma história sob pontos de vista diferentes não foi inovação dele, ele limitou-se a manter-se fiel ao livro original "Rashomon" de Ryunosuke Akutagawa (esse sim, eu li, mas em tradução inglesa de Takashi Kojima - e eu sei estes nomes japoneses todos porque fu buscar o livro à prateleira e estou com ele na mão...)
Esqueci-me de dizer que adorei o "Hero". Por mim, nota 10.
Como consigo assistir esse filme
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