terça-feira, setembro 05, 2006

The Myth (San Wa)


China / Hong-Kong, 2005, 112 Min.

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Sinopse: Atormentado por estranhos sonhos, Jack, um intrépido arqueólogo, vê-se reincarnado em Meng-Yi, um general que se apaixona por Ok-Soo, uma bela princesa coreana prometida ao primeiro imperador da China. Juntamente com o seu amigo William, um cientista famoso, embarca numa aventura para tentar desvendar o mistério por detrás dos seus sonhos. Mas, tanto um como o outro, não podiam imaginar que estão perante aquela que pode ser a maior descoberta da história da China...

Crítica: The Myth marca uma certa viragem na carreira de Jackie Chan, num papel mais sombrio e sério do que aquilo a que o público estava habituado. No entanto, não é uma viragem completa uma vez que The Myth alterna a sua acção entre a dinastia Qin, na qual Chan personifica um general, Meng-Yi, encarregue de proteger uma princesa prometida ao rei (onde vemos um Jackie Chan sério, mais sombrio, heróico e leal) e entre a actualidade, na qual Jackie Chan é um intrépido arqueólogo, de nome Jack, uma espécie de Indiana Jones (passe a comparação exagerada), e é nesta condição de arqueólogo que continuamos a ver as acrobacias mirabolantes e as cenas de luta cómicas, tão características do actor asiático.

O ponto de contacto entre as duas eras são os sonhos recorrentes do arqueólogo Jack, que remontam à dinastia Qin, onde encarna um poderosos general. Estes sonhos, apresentados em flashbacks, permitem interligar de certa forma as duas eras e no terceiro acto, tudo é explicado, onde passado e presente, finalmente convergem. Entretanto, o espectador é confrontado, podemos dizer, com dois géneros de filme num só filme. No entanto, e não sei se é por estar um pouco cansado da marca Jackie Chan, a narrativa que remonta ao passado, durante a dinastia Qin, é bem mais interessante do que a que decorre na actualidade. Talvez porque haja mais intriga, romance, aventura e batalhas épicas e menos non-sense.

Realizado por Stanley Tong, habitual colaborador de Jackie Chan em filmes como por exemplo a série SuperCop, the Myth tenta não só apresentar um Jackie Chan diferente, longe da imagem do good cop, mas também não descura aquilo que fez de Jackie Chan uma estrela internacional, a comédia estilo Buster Keaton e as mirabolantes acrobacias. Apesar de tudo, nem sempre o realizador consegue ser inteiramente feliz na junção das duas partes que constituem a história. Falta tmbém alguma química entre a dupla romântica composta por Jackie Chan e pela Coreana Hee-seon Ki, apesar da sua inegável beleza. O actor Tony Leung Ka Fai como companheiro do intrépido arqueólogo também não é inteiramente convincente.

No fundo, para quem gostar de um misto de aventura, alguma fantasia, cenas de batalha bem conseguidas e algum humor e romance, The Myth é o filme indicado. È um filme que se vê despreocupado e para passar 2 horas de entretenimento. Longe de ser um filme perfeito, vale sobretudo pela tentativa de Jackie Chan se mostrar como um actor mais sério e dramático. è aquilo que considero um filme de "Domingo à tarde" (como a generalidade dos filmes de Jackie Chan), um pouco mais sério, minimamente interessante, leve e para toda a família, que agradará aos adeptos incondicionais de Jackie Chan, bem como a todos aqueles que gostam de filmes épicos e de aventuras.

Classificação: 6/10

Sérgio Lopes

2 Comments:

Anonymous Anónimo said...

olá sérgio!
mandei um e-mail pra você através do endereço eletrônico disponibilizado no seu blog.
ficarei agradecida se obter resposta!
abraços

12:34 da manhã  
Blogger Sérgio Lopes said...

Fernanda, ando com alguns trojans no meu PC de casa, mas mal tenha o problema resolvido repsonderei ao seu e-mail com todo o gosto.

9:20 da manhã  

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