terça-feira, dezembro 12, 2006

The City Of Violence (Jjakpae)

Coreia do Sul, 2006, 93 minutos

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Sinopse: Tae-su é um detective que volta à sua cidade natal para o enterro do seu amigo da escola, Wang-jae. Lá ele se encontra com Pil-ho, Dong-hwan e Seok-hwan, antigos amigos de escola. Suspeitando da morte de Wang-jae, Tae-se e Seok-hwan decidem investigar cada um, o que aconteceu. As duas investigações levam-nos a descobrir que o perigo está mais perto do que eles imaginavam.

Crítica: O cinema de acção é um género muito explorado, principalmente em Hollywood. E o que vemos na maioria das vezes são produções milionárias, cheias de efeitos especiais e frescuras modernas, porém são poucos os filmes que são realmente bons. O cinema oriental sempre teve uma “queda” para tal género, sendo um dos mais explorados pela industria asiática. E não é de se estranhar que talentos, hoje já consagrados, aparecessem. Tão pouco seria de se estranhar a influencia em novos talentos. Um desses novos talentos é o realizador Seung-wa Ryoo.

O jovem cineasta, que além de dirigir a película, também actua na mesma, mostra na sua mais recente produção, a confirmação de que veio para ficar. Dirigiu somente seis filmes desde 2000, sendo que já passou pelas suas mãos o excelente Min-sik Choi, ator de Old Boy, dirigindo-o em Crying Fist. E mesmo com pouca experiência, pode-se dizer que com “The City Of Violence”, o realizador marca a sua posição como um bom director de cinema de acção.

O filme é seguramente bem dirigido, com boas cenas de acção e uma trama bem desenrolada. A direção tem larga influência em filmes holywoodescos, mas os bons filmes. A trilha sonora é composta por músicas bem ao estilo western, tocadas numa boa guitarra de rock n’ roll, e remetem bastante aos filmes do Tarantino. A história, mesmo sendo uma variante de algo anteriormente exlporado, é bem desenvolvida, embora com algumas descobertas que podem à priori ser previstas no decorrer do filme. O visual e o clima do filme lembram um pouco Sha Po Lang, o que não é uma coisa má.

As cenas de acção para além de excelentes, com lutas que não trazem nada de surreal, , pelo contrário, adicionam a dose certa de realismo ao filme. Apesar de que algumas lutas acontecerem entre um numero grande de pessoas lutando contra uma só pessoa, a coreografia não é nada irreal ou fantasiosa, mas sim transporta-nos para o realismo das lutas de rua. No fundo, The City Of Violence é uma producção de acção que se vê de belo agrado. Se o cinema de ação moderno nos presenteasse sempre com boas produções como essas, com certeza já ficaríamos satisfeitos.

Classificação: 6/10

Monsenhor