The Host (Gwoemul)
Coreia Do Sul, 2006, 119Min.
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Sinopse: Uma criatura mutante emerge do rio Han, atacando os cidadãos que se encontram no parque, e arrastando consigo Hyeon-seo. Kang-du acredita que a filha ainda está viva e, escapando à quarentena imposta pelas autoridades — que alertam para um vírus altamente contagioso, detectado nos que estiveram próximos da criatura —, a família une-se numa desesperada missão de salvamento e numa corrida contra o tempo.
Crítica: The Host foi o sucesso esmagador de 2006, tanto de bilheteira como de crítica, na Coreia do Sul, recebendo também, um pouco por todo o mundo, críticas bastante favoráveis. Realizado por Bong Joon-Ho (Memories Of Murder) trata-se de um filme sobre uma criatura (que sofre mutações devido ao despejo de lixo tóxico por parte de um cientista... americano) que emerge do rio Han para semear o caos e pânico sobre Seul. Mas não se pense que The Host se assemelha ao típico monster movie como por exemplo, Godzilla, pois o cineasta Coreano presta tanta atenção à criatura, como ao drama famliar vivido após a pequena Hie-bong ser levada pela criatura.
The Host é, por ventura, o filme mais original alguma vez feito sobre esta temática, a começar pelo aparecimento da criatura em plena luz do dia praticamente com apenas 20 minutos de filme. A partir deste momento é um turbilhão de emoções que são projectadas no écrân, passando pelo terror, comédia, aventura e drama, até ao climax do encontro final com o ser vindo das profundezas do rio. A mudança de registo é uma constante durante toda a película o que torna o filme nada convencional e indefinido no que toca ao género. Há que destacar, igualmente, os excelentes efeitos especiais na concepção da criatura, e não nos esqueçamos que estamos a falar de um filme Sul Coreano.
O truque do sucesso de The Host é talvez o facto de se centrar no efeito que esta tragédia tem sobre uma família e na união de esforços que são obrigados a tomar para tentarem resgatar a pequena Hie-bong. No entanto, o filme é preenchido de um tom humorístico constante, uma espécie de comédia negra que vai balanceando a acção entre os dois principais protagonstas, a família e o monstro. Bong Joon-Ho aproveita também o uso desse tom mais leve para alguma crítica social e política quer à actuação do governo perante a situação de caos, quer à intervenção americana sobre o sucedido. No entanto, tem o cuidado de não ferir susceptibilidades para abrir as portas do mercado americano a The Host.
O lote de protagonistas que constituem a família têm performances bastante seguras e apelativas, principalmente Song Kang-Ho, Park Hae-Il e Byeon Hie-Bong, que voltam a colaborar com Bong Joon-Ho, após Memories Of Murder. Destaca-se especialmente Song Kang-ho (um dos melhores actores Coreanos da sua geração) como Kang-du, um homem de 40 anos, com algum atraso mental, claramente o personagem que mais empatia causa com o público e a fonte da maior parte das situações cómicas vividas no filme.
Apesar de todas as suas qualidades e originalidade, no meu entender, é um completo exagero quando se referem a The Host como o melhor filme de monstros alguma vez feito. È um óptmo entretenimento para toda a família, com certeza, traz uma enorme lufada de ar fresco ao género, mas não consegue fugir a um argumento bastante básico e um final um pouco previsivel, algo cliché e até demasiado conveniente, e não tão forte como se esperava. Ainda assim, é uma óptima proposta (mais uma) vinda da Coreia do Sul, que confirma Bong Joon-Ho como um dos mais originais cineastas asiáticos do momento, elevando claramente a fasquia no que toca às expectativas para o seu próximo filme.
Classificação: 7/10
Sérgio Lopes
The Host é, por ventura, o filme mais original alguma vez feito sobre esta temática, a começar pelo aparecimento da criatura em plena luz do dia praticamente com apenas 20 minutos de filme. A partir deste momento é um turbilhão de emoções que são projectadas no écrân, passando pelo terror, comédia, aventura e drama, até ao climax do encontro final com o ser vindo das profundezas do rio. A mudança de registo é uma constante durante toda a película o que torna o filme nada convencional e indefinido no que toca ao género. Há que destacar, igualmente, os excelentes efeitos especiais na concepção da criatura, e não nos esqueçamos que estamos a falar de um filme Sul Coreano.
O truque do sucesso de The Host é talvez o facto de se centrar no efeito que esta tragédia tem sobre uma família e na união de esforços que são obrigados a tomar para tentarem resgatar a pequena Hie-bong. No entanto, o filme é preenchido de um tom humorístico constante, uma espécie de comédia negra que vai balanceando a acção entre os dois principais protagonstas, a família e o monstro. Bong Joon-Ho aproveita também o uso desse tom mais leve para alguma crítica social e política quer à actuação do governo perante a situação de caos, quer à intervenção americana sobre o sucedido. No entanto, tem o cuidado de não ferir susceptibilidades para abrir as portas do mercado americano a The Host.
O lote de protagonistas que constituem a família têm performances bastante seguras e apelativas, principalmente Song Kang-Ho, Park Hae-Il e Byeon Hie-Bong, que voltam a colaborar com Bong Joon-Ho, após Memories Of Murder. Destaca-se especialmente Song Kang-ho (um dos melhores actores Coreanos da sua geração) como Kang-du, um homem de 40 anos, com algum atraso mental, claramente o personagem que mais empatia causa com o público e a fonte da maior parte das situações cómicas vividas no filme.
Apesar de todas as suas qualidades e originalidade, no meu entender, é um completo exagero quando se referem a The Host como o melhor filme de monstros alguma vez feito. È um óptmo entretenimento para toda a família, com certeza, traz uma enorme lufada de ar fresco ao género, mas não consegue fugir a um argumento bastante básico e um final um pouco previsivel, algo cliché e até demasiado conveniente, e não tão forte como se esperava. Ainda assim, é uma óptima proposta (mais uma) vinda da Coreia do Sul, que confirma Bong Joon-Ho como um dos mais originais cineastas asiáticos do momento, elevando claramente a fasquia no que toca às expectativas para o seu próximo filme.
Classificação: 7/10
Sérgio Lopes
5 Comments:
Feliz Natal Sérgio!
Abraço!
Assisti este filme, e achei muito 10!! Os efeitos gráficos tb estão bom, só no final que ficou um pouco a desejar, mas nada que atrapalha-se o filme. Recomendo a todos a assistirem.
Feliz Natal!
até
Já tinha ideia de comprar uma edição R3 do filme, a tua crítica reforçou essa ideia. Obrigado! ;)
Boas festas! :)
Francisco e restantes: Um óptimo Natal e tudo de bom para vcs e a vossa família.
Trunksjp: Não lhe dou nota 10, exactamente pelo que tu disseste: um final que deixa algo a desejar e algumas incongruências.
Wasted Blues: è um DVD a ter na nossa colecção cinéfila e sempre uma agradável proposta para uma tarde de domingo cinzento em família.
Quais filmes de monstro você considera melhor que esse? Gostaria de assistí-los caso ainda não tenha.
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