sábado, dezembro 30, 2006

Suicide Club (Jisatu Saakuru)

Japão, 2002, 99Min.

Página Oficial - Trailer - Fotos

Sinopse: Um detective investiga uma série de suicídios em massa ocorridos entre a juventude nipónica que poderão estar interligadas com um clube de suicidio secreto e com uma banda pop pré-adolescente chamada Dessert.

Crítica: Convenhamos que um filme cuja cena inicial é a de um suicidio colectivo por parte de um grupo de estudantes japonesas numa estação do metro, é no mínimo invulgar e desperta a atenção. As jovens unem as mãos, sorriem e atiram-se para a frente do metro no momento da sua passagem. O sangue e o gore jorra por todo o lado e é sem dúvida uma das cenas de antologia do cinema de terror moderno japonês e não é para qualquer estômago. Tal como aliás todo o filme, intitulado Suicide Club (também conhecido como Suicide Circle).

Não que o filme seja um exercício de gore e violência gratuita como por exemplo algumas películas de Takashi Miike, mas também não é o típico filme de terror teen convencional. Realizado por Sion Sono (realizador conhecido maioritariamente por películas porno gay), Sucide Club pauta-se por um thriller psicológico, com algumas cenas fortes e violentas, por vezes algo paranóico e bastante confuso.

O filme segue a investigação de um detective - Ryo Ishibashi (Audition) com mais uma performance segura e carismática - que após o suicidio colectivo decide investigar. E o que começa por parecer um vulgar filme de terror depressa começa a virar de direcção numa crítica à juventude e sociedade japonesas, aos media e à internet. E aqui começa a confusão, pois o sucedido pode estar ligado a um secreto clube suicida, com indicação prévia num site de internet do número de pessoas que vão morrer, ou pode estar ligado por exemplo a uma banda pop composta por pré-adolescentes que com mensagens subliminares conseguem influenciar os jovens japoneses ao suicídio. E assim, Sion Sono deixa mais interrogações do que respostas, confundindo o espectador.

Poderá, obviamente, Sion Sono querer metaforicamente criticar uma juventude japonesa alienada e viciada na cultura pop, apresentada como superficial e decadente. Porém, é demasiado pretensioso e o impacto dilui-se no meio de tanta cultura pop. Por outro lado a temática do suicidio é bem actual no Japão, aliás, consta-se que o isolamento e a incapacidade de adaptação e integração na sociedade são a causa de milhares de suicídios entre japoneses por ano. Talvez Sion Sono tenha querido transmitir a sua interpretação acerca desse facto. Embora não o faça em pleno, pois a trama vai-se complicando cada vez mais e o final não faz jus ao iníco fulgurante, Sono cria com Suicide Club uma película a que ninguém fica indiferente.

Classificação: 6/10

Sérgio Lopes

9 Comments:

Blogger Belinha Fernandes said...

Excelente 2007 e parabéns por este espaço!!:-)

4:54 da tarde  
Blogger Kitato said...

até gostei

7:31 da tarde  
Blogger Lauro António said...

Caros bloguers de cinema (e afins):
BOM ANO DE 2007, CHEIO DE COISAS BOAS.
Aproxima-se a data das grandes definições quanto ao 1º Encontro Nacional de Blogues de Cinema (e afins), e às iniciativas que a ele estão ligadas. Como já informei, há dias, houve uma alteração nas datas do Famafest 2007 (definitivamente entre 16 e 24 de Março), o que leva a que o Encontro se realize entre 16 e 18. De resto, para mais informações, agradecia uma visita ao meu blogue, onde estão todas as informações:
http://lauroantonioapresenta.blogspot.com/2006/12/encontro-de-blogues-de-cinema-ltimas.html
Últimas votações para Work Shop e Melhores Blogues. Confirma a participação no Encontro. Vota os 10 Melhores Filmes de 2006.
Um abraço
LA

12:37 da manhã  
Blogger Marcus Vinícius said...

Amigo Sérgio, me responda o email. Feliz 2007 pra você, tudo de bom pra ti. Abraços!

8:58 da tarde  
Blogger Sérgio Lopes said...

belinha: Obrigado pela preferência e votos sinceros de um 2007 muito feliz.

Tato: è um filme que tem seguidores de culto e outros que o odeiam. è dfcil definir, pois é bem complexo...

Caro Lauro António: è uma honra ter um comentário seu no cineasia!!!!!!

Marcus: Amigo esquece o k te pedi por mail. Aguardo apenas mais uma das suas belas reviews para começarmos o ano em grande. Um 2007 cheio de felicidades aí para os tricolores!!!

Abraços e beijos para todos

11:34 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Ah, muito bom esse blog. Achei do nada quando tava procurando pelo Jisatsu Sakuru. E meldels, a crítica é a mesma coisa que eu tava pensando. Enfim, filme confuso e bláblábláblá.
Ótimo blog ok. :* *confusa mais do que filme* aheuaehueh

11:18 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Sinceramente, que crítica ridícula... quer dizer que o filme não é bom porque se torna cada vez mais complexo e confuso até chegar ao final!? Rssss...
Sinceramente, se vc esperava Hollywood, ou algum filminho de terror pra levar alguns sustos, nem deveria ter se dignado a assistir... Achei muito bom... O diretor tem uma sensibilidade imensa e trata com muito sarcasmo e ironia a questão dos suicídios em massa por pactos via internet no japão. A trilha sonora ajuda a embalar o espectador fazendo vc entrar no clima do filme.
Só não posso dizer que é um filme excepcional pois não chega aos pés de uma trama Lynchiana (David Lynch), mas tem seu mérito.

6:12 da tarde  
Blogger William Keffer said...

Eu assisti ao filme pelo cinemax, sou fã da cultura e dos animes japonezes, e fã tb do cinema asiático como um todo ( principalmente chinês, tailandês e japonês - infelizmente pouquíssimos títulos chegam ao ocidente, tendo em vista a grande quantidade de produções q ocorrem na região). Mas problemas de fluxo de informação à parte, vim para comentar q assisti ao filme e gostei bastante, pena os responsáveis pela tradução q foi exibido no cinemax n traduziram a música do grupo de meninas, pois ao q parece, é de importancia para o desenrolar da história. Mas, achei o filme interessante e recomendo assistirem.

1:09 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

Muito bom
gostei mesmo :)

6:57 da manhã  

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