terça-feira, janeiro 30, 2007

Exiled (Fong Juk)

Hong Kong, 2006, 100Min.

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Sinopse: Quatro gangsters Blaze, Fat, Tai e Cat, retornam a casa de um antigo membro do grupo, Wo, com ordens superiores para o matarem. Mas os 4 homens que em tempos formaram uma irmandade com Wo não são capazes de o eliminar. Então embarcam numa luta titânica contra o seu chefe Boss Fay, em defesa dos valores da honra e da amizade...

Crítica: Johnnie To é um dos nomes mais conceituados de Hong-Kong, um autor que em 2006, apresentou Exiled, a continuação de The Mission, um dos filmes de maior sucesso do cineasta, na medida em que regressam praticamente todos os actores e personagens de The Mission, por isso, pode-se afirmar que é uma espécie de sequela. A acção decorre em 1999, em Macau, numa época de transição da tutela Portuguesa do território para mãos do governo Chinês.

Regressam, os mesmos actores de The Mission (com papéis similares) - Francis Ng, Simon Yam, Lam Suet, Anthony Wong ou Roy Cheung - que brilham a todos os níveis, quer individualmente (cada um sabe ocupar perfeitamente o seu espaço) quer em conjunto, pois existe uma grande química entre todos eles. Penso que uma das primeiras razões para o sucesso de Exiled é o facto de os actores conseguirem transparecer para fora a união que existe entre eles. O espectador não vê um grupo de actores a representar, mas sim 5 amigos a lutar por um ideal.

Contudo os maiores louros vão direitinhos para Johnnie To. Bebendo claras influências de Sergio Leone na forma (a cena de abertura que culmina num duelo em casa de Wo é sublime, entre outras) ou dos westerns clássicos de Hollywood, onde os valores da honra e amizade motivam os protagonistas, To cria uma película algures entre um Western Spaghetti de Leone e dos desperados de Robert Rodriguez, onde a música tem um papel preponderante, ambientada em Macau contemporâneo.

Cada plano é meticulosamente filmado, com um timing perfeito e uma estética visual tremenda, fazendo de Exiled um produto de entretenimento notável. Nada é projectado no écrân por acaso e tudo está brilhantemente interligado. Após o registo mais sério com o aclamado díptico Election, Johnnie To volta aos traços que o celebrizaram como autor de Hong-Kong: Um exercício de estilo, onde o visual se sobrepõe ao resto. Nomeado para o Leão de Ouro no festival de Veneza de 2006, Exiled é imprescindível para fans de Johnnie To e do bom cinema de Hong-Kong.

Sérgio Lopes

2 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Boa pedida... clima perfeito... excelente escolha do elenco... muito bom mesmo...

12:17 da tarde  
Blogger Sérgio Lopes said...

Grande filme e perfeito entretenimento

4:07 da tarde  

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