sábado, fevereiro 17, 2007

Double Vision (Shuang Tong)

Taiwan/Hong-Kong, 2002, 113Min.

Página Oficial - Trailer - Fotos


Sinopse: Um agente do FBI forma dupla com um polícia problemático de Taiwan na caça a um serial killer que coloca um misterioso fungo nos cérebros das suas víctimas...

Crítica: Após o surgimento de Se7en - Sete Pecados Mortais, o género thriller ganhou um novo fôlego e embora tenham surgido inúmeros projectos na sua sombra, nenhum outro atingiu o brilhantismo e originalidade do filme de David Fincher. Double Vision, de Kuo-Fu Chen, não foge à regra e explora uma série de ideias experimentadas anteriormente, colocando-as em Taiwan contemporâneo e jogando com o choque de culturas entre um agente do FBI e um polícia local. Double Vision refere-se literalmente ao facto de o assassino possuir duas puplas num dos olhos, através das quais selecciona as suas vítimas...

Huang Huo-Tu (Tony Leung) é um detetctive cansado e frustrado, perseguido pelos seus demónios, vivendo em conflito com os colegas e com uma vida pessoal complicada com uma filha traumatizada e uma esposa distante, mas que subitamente se vê envolvido na caça a um serial killer que coloca um estranho fungo no cérebro das suas vítimas. Dada a dificuldade em resolver o caso, Huo-Tu contará com a ajuda do agente do FBI Kevin Richter (David Morse) para que juntos consigam desvendar o mistério que paira sobre a identidade e motivos do assassino.

Embora a narrativa de Double Vision seja linear, é interrompida a espaços, por flashbacks, projecções, ou cenários que tentem explicar a razão que motiva o serial killer. Várias são as pistas e teorias levantadas pelo cineasta asiático que vão desde motivos sobrenaturais até ao Taoísmo. A questão é que este emaranhado de suposições são suportadas um argumento débil que explora o filão já mais que visto da dupla de polícias que lida com conflitos culturais e tenta juntar esforços para desvendar o mistério.

Ainda que Tony Leung e David Morse se esforcem, tenham performances fortes e haja uma boa química entre eles, o filme sofre sobretudo de um ritmo demasiado lento e embora o climax final não desaponte, deixa muitas pontas soltas. Double Vision parece estar na maior parte do tempo em modo telefilme, assemelhando-se a uma espécie de episódio mais longo de X-Files - Ficheiros Secretos. Apesar de ter os seus méritos Double Vision mistura elementos já vistos anterormente entre o thriller psicológico e o horror, criando um resultado desigual, no qual o final não consegue juntar todos esses elementos. É um produto de entretenimento razoável, mas nada mais do que isso.

Sérgio Lopes

3 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Caro Sérgio,
Por mais de um ano o seu blog tem me servido como referência obrigatória para cinema asiático.
Continue com o ótimo trabalho.

MAQUINÁRIO DA NOITE: Cinema cult, quadrinhos, literatura e cultura underground.
http://maquinariodanoite.blogspot.com/

6:41 da tarde  
Blogger Sérgio Lopes said...

Ramon, obrigado pelos elogios. Vou dar uma olhadela no teu blogue. Felicidades e 1 abraço!

12:21 da manhã  
Blogger Kitato said...

xiii, este Morse é aquele que anda a infernizar a vida do dr. house! shame on you!

12:22 da tarde  

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