domingo, setembro 16, 2007

Party 7

Japão, 2000, 107Min.

Página Oficial - Trailer - Fotos

Sinopse: Sete personagens, apresentados no início do filme, são colocados todos no mesmo quarto de hotel: Um ladrão que roubou uma mala carregada de dinheiro à máfia, a sua ex-namorada, o seu obsessivo namorado, o capanga da máfia responsável pela colecta da mala, outro capanga para assassiná-lo, o voyeur Capitão Banana e o seu aprendiz. Quem ficará com o dinheiro?

Crítica: Considerada como a versão asiática do Four Rooms (4 Quartos), vale a pena nos debruçarmos sobre a história de Party 7: Sunichiro Miki (Masatoshi Nagase) é um gangster que resolve enganar o seu chefe e fugir com uma larga quantidade de dinheiro. O seu primeiro esconderijo é o Hotel New Mexico num lugar remoto do Japão. Mas o que poderia ser o início de alguns momentos de paz e de descanso, transforma-se num desfile de personagens bizarros que faz da sua passagem pelo hotel um pesadelo interminável e absurdamente delirante.

Para começar, ele é o único hóspede do hotel, o que faz dele uma vítima em potencial do voyeurismo dos donos do Hotel. Atrás de um quadro do quarto esconde-se uma sala onde o Capitão Banana (Yoshio Harada) e Okita Souji (Tananobu Asano) resolvem os seus problemas freudianos espiando os seus hóspedes e discutindo temas sobre o assunto. Para piorar as coisas e sem desconfiar de nada, Miki descobre que o seu esconderijo não é tão seguro assim.

Primeiro é a sua ex-namorada interesseira (Akemi Kobayashi) que resolve aparecer para pedir dinheiro, depois surge um nerd (Keisuke Horibe), actual noivo dela e que vem atrás da noiva. Para piorar a situação, o chefe do grupo de Miki manda o braço direito da organização Sonoda (Keisuke Horibe) atrás dele. A reunião desses personagens inusitados transforma o quarto num falatório "diz-não diz" com um desfile de aparências onde vale tudo, menos a verdade.

No fim, a verdade é uma só: todos não passam de uns miseráveis perdedores, onde aquele momento apenas amplifica tudo isso. Para piorar as coisas, o sinistro e impagável assassino Wakagashi (Tatsuya Gashuin) é enviado pelos mafiosos para acabar com a festa. Mas o que acaba com a festa é a própria personalidade deles ao viverem da aparência. Um a um, todos são desmascarados (os dois voyeurs também) e a certeza de uma coisa: a mentira tem perna curta.

Em PARTY 7, o realizador Katsuhito Ishii, mantém o mesmo ritmo alucinante com o visual delirante dos seus personagens de sua obra anterior SHARK SKIN MAN AND PEACH HIP GIRL (1988). Tudo feito com muito estilo com influências claras do mangá e do anime. Vale a pena deixar registado a impecável animação do início do filme onde são apresentados os sete personagens principais. Ishii novamente tem o poder de transformar os seus personagens nos seres mais absurdos e inimagináveis já vistos, e apanha boleia no estilo de Quentin Tarantino em incluir falas banais sem conexão nenhuma no filme, como por exemplo a conversa entre os dois recepcionistas do hotel sobre um lugar onde chove... merda!

Todos os actores estão muito bem nos seus papéis, mas novamente o destaque fica para Tatsuya Gashuin, dessa vez interpretando o assassino profissional Wakagashi. Uma mistura de lutador de kendô com cabelo bombril com golpes a la Kamen Rider. Absurdamente estiloso e a certeza que esses personagens não poderiam ter saído de uma mente em sã conciência. Por tudo isso, PARTY 7 apresenta-se como um filme bastante original e altamente recomendável para quem procura algo com um toque diferente. Diversão garantida.

Ric Bakemon

2 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Caros cinéfilos!!!
Apresento-vos o meu recente blog de cinema, o Cinema PT - http://cinemapt.blogspot.com/ - um blog informativo com notícias diárias de tudo o que se passa no mundo do cinema.

Pedro Afonso
(Responsável do Blog)

6:54 da tarde  
Blogger Bruno Pereira said...

em www.blogoris.blogspot.com começou hoje a votação para o melhor filme de março de 2007. contamos com o teu voto!

11:13 da manhã  

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