Primavera, Verão, Outono, Inverno... e Primavera

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Numa altura em que se encontra nas salas de cinema nacionais o mais recente filme de Kim Ki-Duk, “Ferro
Crítica: Mais um filme carregado de misticismo e simbolismo em que a beleza das imagens ditam o desenrolar da narrativa. Kim Ki-Duk desenvolve mais uma história com um carácter emocional extremamente complexo relacionando-o neste caso com a natureza.
No que Kim Ki-Duk surpreende nas suas películas é no carácter de espiritualidade transposto para o écrân e na capacidade de deliberadamente permitir a cada espectador captar, por si mesmo, o que as imagens representam. Possivelmente “Primavera, Verão, Outono, Inverno…e Primavera”, ainda apresenta menos diálogos que “Ferro
Aqui o protagonismo, para além dos actores, recai também nas paisagens naturais e nos animais. O realismo e a beleza natural do local acrescentam uma sensação quase de magia espiritual à película. Ki-Duk utiliza as estações do ano como metáfora para caracterizar os vários estágios da vida dos personagens, desde o nascimento, infância, adolescência, idade adulta e… desfalecimento. Neste contexto, as estações do ano acompanham o estado de espírito de mestre e aluno. A água tem um papel também preponderante como simbolismo do fio condutor da vida.
Note-se que “Primavera, Verão, Outono, Inverno…e Primavera” é um filme onde foi necessário construir um templo budista no meio de um lago, o que implicou a utilização de alguns meios e o esforço de algumas pessoas, o que prova que os valores de produção na Coreia estão cada vez mais a aumentar, tornando possível a criação grandes pérolas cinematográficas, como esta obra de Kim Ki-Duk.
Classificação: 8/10