Memoirs of a Geixa
Japão, 2003, 130Min.
Existe igualmente um personagem central pertencente à máfia Yakuza, frágil e algo desenquadrado do seu meio e continua a existir a violência tão característica nos seus filmes. No entanto, em Gozu, não é tão directa e visceral. Podemos dizer que Miike tenta uma incursão no domínio da violência psicológica e do bizarro.
Mas ao contrário de Lynch, que é um autor, na medida em que o mundo bizarro criado em cada um dos seus filmes, pressupõe uma explicação (plausível ou não – não está isso em causa) em Gozu, é impossível. Miike não dá tempo sequer para o espectador poder pensar e tentar descodificar o que acabou de ver. Como consequência, o filme peca por essa incapacidade de explicar o que aconteceu, pautando-se por um festim de bizarria para os sentidos.
Nesse ponto de vista, não há dúvida que Gozu surpreende, porque Miike, mistura o bizarro, não só com o terror psicológico, mas também com uma boa dose de cenas cómicas de tão surreais e inconcebíveis. No entanto, dá a sensação que Miike está-se nas tintas para que a história faça sentido e por isso, dessa forma torna-se uma desilusão, pecando nesse aspecto. Os fans do bizarro, com certeza vão adorar.
Classificação: 5/10
Outras cíticas 1 2
Sérgio Lopes
MELHOR REALIZADOR
1º Robert Rodriguez & Frank Miller, por Sin City
2º Tim Burton, por Charlie and The chocolat factory
3º Kim Ki-Duk, por 3-iron / Bin Jip
4ª Neil Marshall, por The Descent
5º Paul Haggis, por Crash
MELHOR ACTOR
2º Bruno Ganz, por Der Untergang
3º Geoffrey Rush, por The LIfe and death of Peter Sellers
4ª Christian Bale, por The Machinist e Batman
MELHOR ACTRIZ
1º Maggie Cheung, por clean
2º Hillay Swank, por Million Dollar baby
3º Catalina Sandino Moreno, por Maria Cheia de Graça
4ª Imelda Staunton, por Vera Drake
MELHOR ACTOR SECUNDÁRIO
1º Clive Owen, por Closer
2º Morgan Freeman, Por Million Dollar Baby
3º Matt Dillon, por Crash
4ª Cillian Murphy, por Batman
MELHOR ACTRIZ SECUNDÁRIA
1º Natalie Portman, por Closer
2º Emily Blunt, por My summer of Love
3º Radha Mitchell, por Melinda & Melinda
4ª Laura Linney, por Kinsey
5º Jennifer carpenter, por The Exorcism of Emily Rose
MELHOR FILME ANIMADO
1º Team America, de Trey Parker e Matt Stone
2º Corpse Bride, de Tim Burton
3º Robots, de Chris Wedge e Carlos Saldanha
MELHOR ARGUMENTO
1º Crash, de Paul Haggis
2º Garden State, de Zach Braff
3º Closer, de Mike Nichols
4ª Millon Dollar Baby, de Clint Eastwood
5º Sideways, de Alexander Payne
MELHOR BANDA SONORA
2º Ray, de Taylor Hackford
3º Sin City, de Robert Rodriguez
4ª Team America, de Trey Parker e Matt Stone
5º Star Wars – EP3, de George Lucas
MELHOR MONTAGEM
2º 3-iron, de Kim Ki-Duk
3º Sin city, de Robert Rodriguez
4ª Star wars – EP3, de George Lucas
5º Oldboy, de Park Chan-Wook
MELHOR FOTOGRAFIA
2º Charlie and the chocolat factory, de Tim Burton
3º Sideways, de Alexander Payne
4ª My summer of love, de Pawel Pawlikowski
5º Sin City, de Robert Rodriguez
MELHOR REVELAÇÃO MASCULINA
2º Cillian Murphy, por Red Eye
3º Rory Culkin, por Mean Creek
4ª Topher Grace, por In Good Company
5º Freddie Highmore, por Charlie and the chocolat factory
MELHOR REVELAÇÃO FEMININA
2º Rachel McAdams, por Red Eye
3º Catalina Sandino Moreno, por Maria Cheia de Graça
4ª Emily Blunt, por My summer of Love
5º Nora Jane-Noon, por The descent
Sinopse: Um jovem fotógrafo, Thun, e a sua namorada Jane, descobrem sombras misteriosas nas suas fotografias, após o testemunho de um acidente. À medida que investigam o fenómeno, encontram outras fotos contendo idênticas imagens sobrenaturais. Jane acaba por descobrir que Thun lhe oculta algo e que os seus amigos são vítimas de estranhas ocorrências. Não faltará muito para o casal perceber que não se pode fugir ao passado…
Crítica: Saturados da recente onda de filmes de terror asiáticos, repetitivos e sem o mínimo de coerência no que toca principalmente à razão de ocorrência dos fenómenos que assolam os protagonistas, eis que surge uma proposta das Filipinas, que apesar de recalcar algumas ideias já vistas, anteriormente, em filmes como “The Eye”, “Ringu” ou “Ju-hon”, consegue encontrar o seu espaço na panóplia de filmes do género, recomendáveis.
Se há filmes onde o trabalho do realizador se nota, é o caso de Shutter. O intuito do filme é assustar e de facto, o filme, a espaços contém cenas de arrepiar. A dupla de realizadores tailandeses Pisanthanakun Banjong e Parkpoom Wongpoom aproveita na perfeição o uso da escuridão (o que não vemos ainda nos consegue assustar mais) e dos efeitos sonoros para criar o ambiente propicio de mistério e medo a que os protagonistas estão sujeitos.
O filme contém uma série de cenas clássicas da recente onda de películas de terror asiático, mas que em Shutter funcionam melhor do que em alguns homónimos coreanos como Red Shoes ou Gabal, por exemplo. Talvez o facto de a premissa ser baseada em algo que poderá ser verosímil (aparecimento de imagens sobrepostas em fotografias), faça com que algumas cenas algo forçadas, aqui funcionem melhor.
A dupla de protagonistas é igualmente um ponto positivo a destacar, na medida em que compõe um trabalho de personagem bastante coerente e credível, o que prova que os actores asiáticos têm uma capacidade dramática bem acima da média, na maior parte dos casos.
Tal como